sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Expectativas deste blog
Iraque: A situação não é calamitosa como em 2006, quando a derrota se tornou iminente. Os americanos viraram o jogo com uma inteligente rede de alianças tribais e atualmente a situação é a mais estável desde o início da ocupação. Sair agora é trair o povo iraquiano e entregar o país aos diversos grupos e organizações radicais islâmicas. É ter a certeza de que outra teocracia irá surgir na região (provavelmente xiita, e provavelmente aliada do Irã). Pior, é ter certeza de que mais tarde, em função destas organizações terroristas, uma nova invasão seja necessária. Obama sabe disso. Não sai de lá tão cedo.
Afeganistão: Conhecida como a "Guerra Esquecida", será a "Guerra do Obama". Tenho certeza que ele vai tentar trazer a cabeça do quase-xará Osama em uma bandeja. Pelo menos o serviço será terminado.
Irã: Inimigo. Obama, acredito, será tão duro quanto Bush no que diz respeito aos aiatolás atômicos. Não haverá espaço para discussão caso Ahmadinejad insista no projeto nuclear. Pior, talvez com o recrudescimento do discurso da teocracia maometana, Obama entre no país em alguns anos.
Chavéz, Morales, Kishner, Fidel e demais idiotas latino-americanos: Nada. A América Latina atualmente não representa muita coisa para os gringos. Com possível exceção da Venezuela em função do petróleo. Mas nesse caso, Chavéz será tratado como merece: um ditadorzinho de meia pataca falastrão e ignóbil. E “embargo” cubano? Continua, caso o regime mantenha seu próprio embargo contra seu povo.
Claro, Obama será mais diplomático do que Bush no sentido de dar maior espaço para o diálogo, mas acredito que isto será mais um jogo de cena do que interesse honesto. Talvez ele assine tratados ambientais, dialogue mais com a ONU, seja um bom rapaz e coisa e tal. Mas daí a cumprir estes tratados e respeitar decisões da ONU são “outros quinhentos”. Maquiavelicamente falando, mais importante do que ser virtuoso é parecer virtuoso.
Nada muda, realmente. As diferenças maiores se darão internamente. O resto do mundo poderá contar com o velho bullyboy de sempre. Mas agora com um visual mais sofisticado.
Imagem: o velho Tio Sam não foi embora, podem ter certeza. Desenho do Cox and Forkum.
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2 comentários:
Eu acho que está na pauta do Obama fazer uma tentativa de aproximação com Chávez e Raul Castro.
Ah, sim. Ele vai conversar com os caras. Mas é jogo de cena, aposto. Faz parte da diplomacia usar o cinismo...
rsrs
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