sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cuidando com muito carinho


Lula do PT, nosso amado messias, é um líder generoso. Tão generoso, que chegou a dizer que precisamos cuidar de nossos países vizinhos com carinho. Disse também que é responsabilidade dos grandes países do mundo, entre os quais, claro, o Brasil (um rico país de primeiro mundo), zelar pelo bem estar dos subdesenvolvidos.

Na Folha, leio notícia que diz ser no valor de R$ 67,4 milhões as DOAÇÕES alimentícias feitas aos países pobres do mundo, algo em torno de 50 mil toneladas. Nosso país, que já superou todos os seus problemas econômicos e sociais, que não vive mais na pobreza, tem em razão disso dever moral e ético (conforme palavras do próprio Lula do PT) de proteger os coitados do planeta.

O espírito natalino definitivamente tomou conta do nosso idolatrado petista.

PS: Segundo a notícia, Cuba é uma das mais favorecidas pela generosidade do messias.

Imagem: Gustavo Miranda, O Globo.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Delírio total


"Um país como o Brasil, como a França, como os Estados Unidos, somos nós que temos potencial e que temos que cuidar com carinho dos países que ainda não conseguiram se desenvolver. Nosso país tem fronteiras com países pequenos, mais pobres que o Brasil, e nós termos obrigação política, econômica, moral e ética de ajudar esses países"

Lula do PT, nosso messias, além de investir dinheiro público em republiquetas de bananas, aceitar os calotes e voltar a prometer mais recursos, diz ainda que devemos "cuidar com carinho" dos picaretas do continente! E num surto de megalomania, ainda nos coloca ao lado da França e dos Estados Unidos!

Lula do PT está delirando!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O essencial Mises


"É fora de dúvida que a maior parte dos nossos contemporâneos está comprometida com uma interpretação errônea do vínculo produtor-consumidor. Ao comprar, os indivíduos se comportam como se só estivessem ligados ao mercado como compradores, e vice-versa ao vender. Como compradores, preconizam medidas severas para se protegerem dos vendedores; e, como vendedores, preconizam medidas não menos severas contra os compradores. Mas essa conduta anti-social que abala as próprias fundações da cooperação social não é uma conseqüência de um estado mental patológico. É o produto de uma mentalidade estreita que não chega a perceber como a economia de mercado funciona e nem consegue antecipar os efeitos finais que suas próprias ações haverão de provocar."

Trecho do texto retirado do capítulo XV, "O indivíduo e o mercado", da obra Ação Humana, de Mises. Um texto básico sobre funcionamento do mercado, sobre os equívocos do intervencionismo e da ignorância na percepção do papel do indivíduo na sociedade.

Texto completo, aqui.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Lula, nosso messias


Em um momento histórico, nosso ignaro presidente, Lula do PT, atinge 84% de aprovação pessoal segundo pesquisa publicada esta semana. No nordeste, a popularidade chega aos 94%. É uma popularidade não menos do que messiânica. Não vou aqui lançar suspeitas sobre a pesquisa, pois acredito que ele seja, sim, amado pelo povo. Mas, estranho, não conheço ninguém que abertamente defenda o presidente, ou o faça o menor elogio.

Mas, de qualquer maneira...

EI EI EI, O LULA É O NOSSO REI!!

Mudança?


Leio nos jornais que Obama, antes mesmo de assumir, já está sinalizando que irá manter algumas políticas de Bush, entre as quais a econômica e a política externa. Acredito que eram as duas áreas onde haviam maiores esperanças de mudança. Tudo como antes na casa de Abrantes.

Moral da história: Obama é um mestre no marketing.

Imagem: "Change, we´ll make you belive in". Faremos vocês acreditarem na mudança, mesmo que ela de fato não aconteça. Os que temiam uma guinada a esquerda, acho que podem se acalmar. Peguei daqui .

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Upload


Em tempo, no post "Expectativas deste blog" ignorei um importante foco de graves problemas internacionais que a administração de Obama irá encarar: o Paquistão e o assustador crescimento e fortalecimento do Taleban ao longo de sua fronteira noroeste com o Afeganistão. Antes um problema regional, restrito as áreas tribais dos pashtuns, o movimento já tem em seu domínio a importante cidade de Peshawar, no norte do país e se espalha fora de controle. Muito provavelmente foram estes sectários maometanos, em associação com a Al-Qaeda ou grupos afins os responsáveis pelo assassinato de Benazir Bhutto. Pouco provável que aconteça, mas um "worst case scenario" seria o taleban chegar ao poder de uma nação nuclear.

Vamos ver como Obama irá lidar com a situação.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A caminho de Cabul e Bagdá


Burke apresenta neste livro uma visão e uma idéia sobre a questão do islamismo radical bastante original e muito relevante. De 1991, quando chegou ao norte do Iraque para lutar com guerrilheiros curdos seguindo aspirações tipicamente juvenis até anos recentes, Jason Burke viveu no que conhecemos como “mundo islâmico”. Como correspondente de publicações ocidentais, cobriu as inúmeras guerras civis, levantes, conflitos tribais e mergulhou fundo nas questões religiosas e culturais de lugares como Argélia, Iraque, Afeganistão, Tailândia.

Indo direto ao ponto, o que ele identifica é uma militância islâmica que muito em comum apresenta com as ideologias seculares que agitaram o mundo no século passado. As motivações, as inspirações, e mesmo a iconografia são assustadoramente semelhantes a da esquerda radical e da direita linha-dura. Por ali passa aquela muito conhecida ojeriza ao que o Ocidente produziu de melhor: a modernidade e suas conseqüências, entre as quais a tolerância. Aliás, é o medo ao “mundo moderno” que vem alimentando fundamentalismos nos últimos duzentos anos.

Na página 284, quando relata sua passagem pelo sul da Tailândia em função de um levante islâmico, lhe ocorre um insight: “(...) o período de aproximadamente uma semana que passei no sul da Tailândia ajudou a esclarecer meu pensamento sobre vários pontos importantes. Descobri que a insurgência que depois do 11 de setembro repentinamente se instalara nas três províncias do extremo sul daquela nação predominantemente budista (...) tinha realmente antigas raízes históricas. Havia começado como resistência islâmica contra anexação tailandesa (...), logo se transformara em um movimento esquerdista de libertação, com uma ideologia meio marxista. O retorno a uma ideologia mais islâmica nos últimos anos era, assim, apenas a última de uma série de manifestações de um longo ativismo violento.” Segue ele considerando que este fato é comum a muitas das nações de maioria muçulmanas que hoje apresentam problemas com radicais, e conclui que “onde o Islã não disponível, como demonstraram os rebeldes maoístas do Nepal hindu e budista, pode-se quase sempre encontrar uma alternativa”. O problema, assim, não seria o Islã propriamente, senão uma militância radical baseada no Islã, carente de apoio maciço do povo mulçumano e mantida acesa pelo medo, intolerância e obscurantismo.

O livro termina com um capítulo de reflexões ancorado no atentado suicida de Londres, sua cidade natal que matou cinqüenta e duas pessoas e feriu 700 outras. Durante anos ele presenciou atos semelhantes nos cantos mais remotos do pobre e miserável “mundo islâmico”, e agora a tragédia chegara á porta de sua casa, seu refúgio entre uma incursão ao inferno e outra.

Apesar de não concordar com todas as conclusões do autor, de modo geral suas idéias são coesas e provocam questionamento no leitor. Uma leitura 100% recomendável a todos que desejam entender uma das questões mais importantes da atualidade. Recomendaria também o livro anterior do Burke, Al-Qaeda: A verdadeira história do radicalismo islâmico e Ocidentalismo, de Ian Buruma e Avishai Margalit.

Link para o espaço do autor no Guardian.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uma questão meramente cultural

"Crianças indígenas enterradas vivas"

Estes índios são brasileiros. Que incida sobre eles a lei brasileira. E pare de se proteger a selvageria e a barbárie.