quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Uma imagem gloriosa


O cowboy lunático na nossa embaixada que não é embaixada*, mas que foi transformada em palanque, comandando uma guerra civil enquanto a bandeira brasileira, hasteada de forma incorreta, tremula gloriosa ao fundo.

Épico!

*Como o Brasil retirou a representação diplomática do país, a casa é apenas uma casa, não possuindo status de embaixada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lula por ele mesmo

http://www.youtube.com/watch?v=83WUqpvddq8

Quando o assistencialismo era promovido pela socialdemocracia de FHC Lula achava uma desgraça, uma exploração da miséria do povo. Depois, bom, depois os que criticam o assistencialismo promovido por ele mesmo são imbecis e ignorantes.

domingo, 13 de setembro de 2009

Curriculum Vitae



Ela assaltou bancos para promover a tal revolução. Mais ou menos como alguns terroristas que atualmente traficam drogas com o mesmo fim.

A outra parte do currículo que reza ser nossa Dilma doutora, é fraude.

Futura Presidente da República?

sábado, 12 de setembro de 2009

O despertar de nosso Leviatã


A crise econômica que assolou (e ainda assola) o mundo era a justificativa perfeita que os fiéis de políticas intervencionistas há muito esperavam. O mercado livre falhou, dizem. O capitalismo liberal provou ser inviável, afirmam. Bogagens! Aos poucos a situação está voltando ao normal e o mercado se ajustando, para desgosto de alguns fiéis mais antenados que já perceberam o fato. Já perceberam mas não aceitaram.

Nessa onda de reviver a regulação e a intervenção nossa republiqueta foi levada de arrasto. E em virtude de todo barulho que estes fiéis fizeram alardeando que a razão da crise foi falta de intervenção, do "neoliberalismo", ocorre que não estamos nem ao menos lutando contra esta onda. De uma hora para outra a reestatização parece algo lógico e muito óbvio.

Leio no Estadão: "Após pré-sal, governo avança em mineração e eletricidade. Governo amplia seu controle sobre a economia, com o aumento da regulação ou criação de mais estatais".Estamos regredindo e os fiéis, saudosos dos tempos das grandes estatais, do controle de preços, da intervenção comemoram.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sobre privilégio

“The true contrast to a reign of status is the reign of general and equal laws, of the rules which are the same for all, or, we might say, of the rule of leges in the original meaning of the Latin word for laws – leges that is, as opposed to the privi-leges” Hayek

Privilégio. Privi-leges. Privi vem de privus, único, individual. Privilégio é, assim, uma lei que contempla uma única pessoa, ou grupo, em detrimento dos demais. Deveria estar escrito em nossa bandeira, como lema de nossa república onde abundam os privilegiados.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma charge


Bom, pensava em escrever algo sobre a falência moral do Senado e da defesa desavergonhada de nosso presidente para com um dos mais célebres ladrões de nossa República, mas as vezes uma charge vale mais do que mil palavras.

Imagem: infelizmente não consegui identificar o autor, ou o endereço que está na margem.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Todo poder ao Executivo


Esperei um tempo antes de publicar neste blog algo sobre a questão de Honduras, por precaução e para me informar um pouco melhor do que se passa naquelas bandas. As impressões:

1- um presidente eleito de forma democrática que ao longo do governo muda sua orientação original (considerada liberal) para uma de viés esquerdista/populista;
2- pretendia fazer uma mudança de ordem constitucional e para isso queria lançar mão da fórmula chavista de consultas populares, atropelando, se necessário, as instâncias legais;
3- tentou cooptar as forças armadas;
4- falhou miseravelmente e o Congresso, junto com o Judiciário e o próprio Exército depuseram o presidente antes que uma consulta fosse realizada;
5- com o presidente fora do país, um parlamentar assumiu temporariamente o poder executivo até que sejam realizadas novas eleições.

Desconheço a natureza da oposição, do Congresso e do Judiciário hondurenhos, mas a princípio parece que instituições típicas de uma democracia entraram em ação para impedir justamente que tal ordem democrática fosse abalada por um assédio do Executivo. Montesquieu agradece.


Existe atualmente em nossa pobre Latina América uma idéia no mínimo equivocada sobre o que é uma democracia. Para muitos, basta ter o apoio de uma maioria e está feita a tal da democracia. Oras, nada mais estúpido! Quase todos os totalitarismos do século passado contaram com grande apoio de massas populares, e isso nunca fez de tais regimes democráticos.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Deng Xiauping


Tenho lido muitos textos que parecem tentar diminuir o impacto das manifestações em apoio ao candidato da oposição no Irã afirmando que este não seria muito diferente de Ahmadinejad. E até pode ser verdade, sua biografia realmente aponta nesta direção.

Mas eu digo: lembrem de Deng Xiauping. Nunca se sabe.

Imagem: "Não importa a cor do gato. Desde que ele cace ratos".

terça-feira, 23 de junho de 2009

Quem diria?



"Many of the greatest things man has achieved are not the result of consciously directed thought, and still less the product of a deliberately coordinated effort of many individuals, but of a process in which the individual plays a part which he can never fully understand". Friedrich Hayek

Algo nas imagens dos manifestantes iranianos faz imaginar que não é meramente indignação com fraudes eleitorais o que os motivou a ir para as ruas. Essas pessoas parecem algo deslocadas em um regime totalitário de caráter religioso. E elas certamente não estão sendo manipuladas pela CIA. Só não vê quem não quer.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ser rico es malo



Hugo Chavéz, matreiro que só ele, prevendo que seu governo irá inexoravelmente arruinar a economia já debilitada do país, parece estar lançando a campanha “ser rico es malo” (do que se depreende que ser pobre é... bom?). Enfim, a campanha é levada a cabo até em escolas, entre crianças:

http://www.dailymotion.com/relevance/search/chavez+ricos/video/x98xqy_ricochavez_news

http://www.dailymotion.com/relevance/search/chavez+ricos/video/x95bel_ser-rico-es-malo_news

E contamos no Brasil com uma legião de fãs e admiradores deste brucutu terceiro-mundista, inclusive e principalmente no governo. Ah, pobre América!!

Cartoon: www.diogosalles.com.br

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tudo dominado


Coisa que nunca me preocupou muito foi violência urbana, com seus índices de crescimento, suas manchetes. E a razão disto é que a cidade em que vivo, Pelotas, apesar de pobre e contar com um bom contingente de marginalizados nunca foi conhecida por sua criminalidade. Homicídios? Em sua forma culposa, ou talvez por motivação passional. Eventualmente um latrocínio. Mas o crack mudou isso.

Não sei dizer quando começou, acho que ninguém sabe com certeza, mas fato é que a cidade não é mais a mesma. Nos quatro primeiros meses do ano já morreram vítimas da violência urbana a totalidade do que no ano passado esta mesma violência vitimou. E em comum a quase todos os crimes a maldita da pedra pode ser encontrada, direta ou indiretamente. Além da violência contra a vida, os furtos na cidade também decolaram. Desde tampas de bueiro, lâmpadas, roupas de varais até furtos em residências (com os residentes dentro) qualquer coisa que pode ser carregada é alvo de viciados desesperados. Desesperados e armados.

A tal da violência urbana que nunca me tirou o sono, nunca me preocupou, afinal chegou até a porta de casa, literalmente. Na esquina, um bar que fornecia os vícios que qualquer bar suburbano oferece em tempos de normalidade, como maconha e cachaça, começou a vender pedra. Ali compram e ali fumam. Durante a noite às vezes ouvimos tiros. “Alô? Polícia? Tão dando tiro aqui na frente de casa.” Mas a polícia nunca vem, e nas vezes que resolvem aparecer já passaram várias horas. Ou já amanheceu. Mas com um salário de 700 pila eu não culpo os brigadianos, sei bem como é sensação de colocar o seu na reta com um 38 enferrujado e colete balístico com validade vencida.

Até o momento todas as casas da rua foram invadidas, furtadas, roubadas. Acho que logo chega nossa vez. O que fazer? Pouca coisa. Vamos colocar grades nas janelas do fundo e tentar isolar o andar superior. E esperar. Com sorte só levam algumas bugigangas para trocar por crack e nos deixam inteiros. É estranha a sensação de solidão que a situação promove: em uma cidade com quase meio milhão de habitantes, estamos todos sozinhos quando anoitece.

sábado, 18 de abril de 2009

Índios

"Funai autoriza índios a interromperem tratamento de bebê indígena em hospital de Manaus"

www.hakani.org

Allá no hay misericordia
Ni esperanza que tener;
El indio es de parecer
Que siempre matar se debe,
Pues la sangre que no bebe
Le gusta verla correr.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Ipsis litteris


"É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis que antes da crise pareciam que sabiam tudo, e que agora demonstra não saber nada". Lula, em 26 de março de 2009. Fica o registro.

Imagem: peguei daqui

quarta-feira, 25 de março de 2009

Crise? Que crise?


Não vou comentar, apenas passar o link da notícia: "Brasil lidera contribuições bilionárias ao Banco do Sul"

"O Brasil, ao lado de Venezuela e Argentina, fornecerá US$ 6 dos US$ 10 bilhões do capital inicial do Banco do Sul, informou hoje a agência estatal de notícias venezuelana ABN"

quinta-feira, 19 de março de 2009

Keynes vive


Tenho lido em blogs que o grande Obama irá financiar o resgate econômico com um substancial aumento de imposto sobre os 5% mais ricos (e maléficos) do país. Não, não é verdade. Ele não vai apenas onerar uma parcela da população em nome do bem comum, Obama vai ligar a impressora e imprimir dinheiro. Se a curtíssimo prazo o resultado é aparentemente positivo, a queda do poder de compra da moeda, a inflação, será um desastre. A estratégia econômica agravará a situação e a popularidade do presidente vai despencar na mesma medida em que os preços decolarem rumo á estratosfera.

Keynes vive.

terça-feira, 17 de março de 2009

A solução da velha rabugenta


O tema não é novidade - a ojeriza que a Santa Madre alimenta contra o uso de preservativos é notória. Bom, na verdade não é ojeriza aos preservativos exatamente, mas ao prazer e a felicidade humanas. Tudo que faz o indivíduo sentir alegria, afasta a culpa e traz o sentimento de liberdade causa desconfiança nessa velha rabugenta e sombria.

Assim sendo, a notícia de que o Sumo Sacerdote está vagando pelas miseráveis terras africanas condenando o uso deste fundamental utensílio da era da informação, desta que é uma das principais armas da humanidade contra um vírus causador de tantas mortes realmente não impressiona. Tal campanha obscurantista já é uma tradição desde os tempos do Paulo II.

"A Aids é uma tragédia que não pode ser resolvida apenas com dinheiro, que não pode ser resolvida com a distribuição de preservativos, que inclusive agrava os problemas" disse o Papa. A camisinha, além de não ajudar em nada, ainda agrava a questão da Aids. Mas sem pânico, a velha rabugenta tem a solução perfeita: castidade. Ora, se não há sexo não há disseminação do vírus e o problema está resolvido. Simples assim.

Não espanta a velha estar perdendo cada vez mais espaço no mundo civilizado e buscando seu rebanho nos redutos mais pobres e atrasados do planeta. Quem vai dar ouvidos a uma instituição que ousou condenar o aborto em uma menina de nove anos grávida do padrasto que a estuprava, que condena o uso de camisinhas em um lugar onde a Aids é epidêmica, que condena ao fogo do inferno as mulheres que usam pílulas anti-concepcionais e escolhem o momento ideal para a maternidade, que condena o uso de células-tronco no desenvolvimento de curas para doenças que matam centenas de milhares, milhões todos os anos? Quem, minimamente civilizado, vai dar ouvidos a uma velha rabugenta e ignorante que não suporta o prazer e a alegria?

segunda-feira, 16 de março de 2009

Eles ainda vivem


Há muito defendo a tese de que o germe do espírito totalitário está presente nos que acreditam possuir um conhecimento superior, redentor, sublime. Qualquer um que se crê possuidor de tal verdade elementar se sentirá obrigado a fazer com que seus semelhantes compartilhem desta verdade “para o bem da humanidade”. Neste sentido, o princípio maquiavélico que reza os fins justificarem os meios ganha vida. Afinal de contas, para salvar a humanidade ou a alma imortal alguns sacrifícios podem e devem ser feitos. A mente ideológica trabalha segundo este princípio.

Leio hoje no noticiário declaração do delegado Protógenes, famoso pela já muito discutida Operação Satiagraha, que “ocupar fazenda de banqueiro bandido é dever do povo brasileiro". Protógenes é Autoridade Policial, indivíduo responsável por cumprir e fazer cumprir a Lei e manter a paz social. Polícia existe exatamente em função destes dois princípios. A declaração do delegado é contaminada pela lógica da mente ideológica. Para ele, os fins justificam os meios, mesmo que isso signifique a violação direta e objetiva da Lei e o comprometimento da ordem pública. Essa incitação ao crime e ao estado de caos revolucionário, vindo de uma autoridade encarregada de nossa segurança é um sinal de que a ideologia que mais matou no século passado ainda nos assombra e é deveras poderosa.

terça-feira, 10 de março de 2009

Foices, facões, taquaras, escudos... e bebês



Dispensa comentários. No detalhe, um guri de uns doze anos pode ser visto. Talvez um "sem-terrinha"?

segunda-feira, 9 de março de 2009

"Assento reservado"


Esse cartoon do Angeli ilustra melhor o causo da excomunhão dos envolvidos no aborto realizado em uma menina de nove anos do que qualquer texto ou artigo que li até o momento. Roubei do Blog do Maia.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Do financiamento ao crime


Para alguns segmentos das sociedades desenvolvidas de primeiro mundo, o terceiro mundo miserável nunca passou de um mero laboratório experimental para todo tipo de idéias estapafúrdias e cretinas. Além do mais, o gosto de europeus pelo excêntrico e pelo bizarro é bem conhecido (no Brasil, não raro reclamam do aspecto “europeizado” do Rio Grande do Sul. Eles querem ver concretizada aquela idéia de Brasil como paraíso tropical caótico e maravilhoso). Neste espírito, não impressiona que grupos armados e regimes de natureza totalitária gozem de boa reputação, já que representam justamente isto: algo extravagante e completamente diferente de suas realidades de riqueza e prosperidade.

Leio na Folha notícia de que um grupo dinamarquês está sendo julgado por apoio financeiro aos grupos FARC, colombiano, e PFLP, palestino, ambos listados como terroristas pela EU (e ambos com discurso esquerdista). Nada de novo no fato, realmente. Europeus apoiaram e contribuíram, com dinheiro ou com palavras, boa parte da loucura do século passado, incluindo-se aí grupos como o Khmer Vermelho, políticas como a Revolução Cultural e regimes como o cubano. No caso destes dinamarqueses, que vendiam camisetas com estampas revolucionárias (aliás, o uso capitalista da iconografia socialista não deixa de ser em si uma grande ironia. Che que o diga!) o crime provavelmente não está em sua defesa do indefensável, mas no fato de reverter parte do que foi auferido pela venda destes produtos diretamente para os grupos em questão – financiar movimentos considerados terroristas em países estrangeiros.

Mas enfim, espiando a página deles, "fighters+lovers" (algo como lutadores e amantes) fica evidente aquela típica idealização do mundo por pessoas sonhadoras e ignorantes. Os termos mais empregados no site, liberdade, paz e justiça, são direcionados a um grupo que se financia com tráfico internacional de drogas e seqüestro aleatório de pessoas comuns e outro que usa homens-bomba para explodir lugares estratégicos, como pizzarias e mercados.

Lunáticos.

Assisti o vídeo promocional da empresa, um casal de belos jovens de olhar meigo transbordando esperança e boas intenções, falando sobre a luta pela liberdade, pela justiça, pela igualdade. O retrato perfeito do esquerdista típico.

Comentário oportuno: ao que parece na Dinamarca financiar o crime é crime também, mesmo que a entidade financiada esteja sediada no estrangeiro. Bem diferente do que acontece em nosso país, onde o crime, parece, é justamente denunciar o financiamento do governo a um grupo clandestino com verba pública, como esta acontecendo com Gilmar Mendes, chefão do STF.

Imagem: como os hippies da minha cidade, que vendem camisetas com estampa do Che no calçadão. Com a diferença do cheque enviado para a guerrilha...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Talebânia


A notícia ruim do fim de semana não foi a superintervenção na economia americana, com a infame cláusula “buy american” ou a vitória da insanidade na Venezuela. Ou a brasileira doente mental que causou um incidente internacional e fez com que a imprensa nacional caluniasse os suíços com acusações de xenofobia. A notícia que me preocupou foi a de que o Paquistão resolveu permitir a sharia, a lei islâmica, ser implementada no noroeste do país, região que faz fronteira com o Afeganistão, lar do taleban. Qualquer um com mínimo interesse no assunto e que já tenha lido algo sobre o tema sabe o que isso significa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O que não fazer


Desde que a crise econômica mundial começou o culpado foi identificado, quase unanimemente, como o capitalismo liberal. O culpado, dizem, é o mercado livre, desregulado, anárquico. E o salvador da pátria, olha que impressionante, é o Estado, o governo. O político. Muito conveniente, hein? E deixam a entender, assim, que existe realmente um capitalismo liberal em estado puro. Não existe. Não no planeta em que vivo pelo menos. Todos os países, em menor ou maior grau, interferem em suas economias através do protecionismo, da reserva de mercado, do controle de preços, da concessão de privilégios, das políticas salariais. Muitos governos apelam à política inflacionária, ao assistencialismo barato que sai caro aos contribuintes, aos gastos idiotas com grana do erário, ao estabelecimento de monopólios. Não há país cujo governo não olhe para o próprio tesouro e o bolso de seus cidadãos sem que o diabinho do ombro esquerdo lhe sopre aos ouvidos como seria bom meter a mão ali e resolver todos os seus problemas. Alguns de fato sucumbem a esse diabinho...

Mas enfim, no blog do amigo Maia de quando em vez tropeço em artigos dos que apontam a livre economia de mercado como responsável pelas mazelas do mundo, e foi a leitura de um destes artigos que me levou a escrever este post. Diz o Maia, acertadamente, nos comentários do post: “Quem conhece os balanços dos grandes grupos sabe muito bem que muito dos créditos que ali estão arrolados como ativos não são ativos, são créditos podres. E o Estado americano fez vista grossa aos balanços dos grandes grupos e deixou a bolha estourar”. Mas as bolhas sempre estouram. O problema vem em seguida. O que fazer? Segue minha resposta, também na área de comentários do post em questão (por sinal, o post é um artigo sobre o economista inflacionário keynes).

“Se o problema é crédito furado, não lastreado, então a tendência são estes empreendimentos quebrarem, falirem na primeira dificuldade. Se isso não acontece (a morte natural de um negócio deficitário) alguma coisa está errada.

A intervenção começa quando estes empreendimentos, que disfarçaram seu verdadeiro balanço e quebraram na seqüência são resgatados logo em seguida pelos governos. Que é o que normalmente acontece!

O mercado não permite que negócios furados tenham vida longa. Quem permite são os governos que, em função da pressão de certos grupos (ou até com a boa intenção de tentar salvar empregos e finanças de pessoas de boa fé que dependem do negócio em questão), acabam por "resgatar" estes negócios de uma morte certa. Mas as leis do mercado são inexoráveis, e as bolhas estouram. Sempre. Mesmo que demore, como é o caso das bolhas dos países ricos.

Que o Estado fiscalize a conduta destes entes financeiros, não há problema, é sua função. Quando identificado uma ilegalidade, que se punam os responsáveis. O mercado cuida do resto.

A transparência nas atividades financeiras seria facilmente atingida caso os grupos que agiram de má fé e maquiaram seus verdadeiros números fossem punidos pelo mercado com sua morte econômica.

Mas o exemplo que estamos dando é outro: façam o que quiser, enganem, se acharem necessário! Se por acaso o fantasma da falência começar a assombrar, lhes daremos milhões, bilhões!! Nunca quebrarão!

Não é por nada que fazem o que fazem..."

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Batman e o terror*


*este post não deve ser lido por quem ainda não viu, e pretende ver, o último filme do Batman, the Dark Knight.

Quando vi Dark Knight, último filme da franquia Batman não tive como não entender a película como uma alegoria da guerra ao terror, deflagrada depois do 9/11. As referências eram explícitas demais, apesar de não ter lido na época comentários a respeito. Desde o discurso do Coringa ("It's not about money... it's about sending a message..."), sua pregação do mal e do caos, o uso de um homem-bomba (acionado, aliás, por celular ao estilo IED, forma mais comum de atentado no Iraque e maior causa de baixas militares americanas), a execução de um refém capturada em vídeo e transmitida a população, o uso de um RPG (depois do fuzil russo AK-47, arma mais adotada por militantes islâmicos), a tentativa de controlar a seu favor a população da cidade usando o terror (a cena em que ele diz que, caso não matem um certo cidadão ele explodirá o hospital da cidade, é exemplar. Além da cena dos navios) até a forma como Batman combate a ameaça terrorista personificada no Coringa (com cenas a la Guantanamo, quando Coringa está preso, e grampeando todos os celulares da população, em uma explícita violação dos direitos individuais) são muito evidentes para serem apenas coincidências. O fato do promotor da cidade, que pretende combater esta nova ameaça pelos meios legais, falhar miseravelmente também é uma mensagem: contra o terrorismo motivado por uma idéia fixa de destruição e extermínio, não há se falar em meios éticos ou legais. Ou diplomáticos. É luta por sobrevivência e, neste caso, vale quase tudo (quase, porque o Cavaleiro das Trevas se nega a executar o Coringa, quando tem a chance).

Segue o link para o artigo que motivou o presente post: http://hnn.us/articles/53504.html

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sobre pacifistas e islamofascistas II




Seguem mais charges do Cox and Forkum sobre os pacifistas do movimento anti-war:



Sobre pacifistas e islamofascistas



Desde que começou a ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas, há umas duas semanas, tudo que leio, ou ouço, são críticas negativas contra a iniciativa do país. São os pacifistas de momento se manifestando contra a desproporção do combate. E oferecem sua fórmula mágica para contornar a complicada questão: os meios diplomáticos.

Ou estas pessoas ignoram totalmente o que está acontecendo, ou estão agindo de má fé. Não deve haver quem acredite ser possível dialogar com grupos terroristas que pregam o extermínio de um povo e a destruição de um país. Estas pessoas não devem acreditar, realmente, ser possível, por exemplo, dialogar com grupos como Al Qaeda, Jihad Islâmica ou Hizbollah. Mas, não obstante, no caso do Hamas o diálogo foi efetivamente tentado. Em vão, como se pode observar.

A maioria destes pacifistas de última hora não são tão ignorantes, eles simplesmente assumiram uma posição. O que não está errado! Todos têm direito a possuir uma posição, seja ela qual for. O que falta é honestidade intelectual para expor abertamente que no atual momento de crise entre o Ocidente e uma ideologia islâmica radical, eles apostam suas fichas na segunda opção.

E, em geral, esta gente toda que não pensa duas vezes em condenar o combate ao terrorismo (sem nunca assumir explicitamente apoio aos terroristas) tem algo em comum: compartilham, ou já compartilharam no passado, a ideologia que mais matou seres humano na História. Pode e deve haver exceções, claro, mas são poucas. A esquerda continua congregando idiotas pelo mundo.

Imagem: uma das maiores perdas que senti desde que comecei a usar blogs, há uns cinco anos, foi quando o Cox and Forkum encerraram suas atividades. Os cartoons eram geniais, tanto a arte quanto contexto. E nunca perdiam a chance de tirar uma dos pacifistas que mobilizavam campanhas anti-guerra.