domingo, 2 de novembro de 2008

Dividir para conquistar


Não bastassem as reservas de vagas em universidades e em alguns concursos públicos, um ministério próprio (o da “Igualdade Racial”), publicações que exaltam a raça entre outras coisas, agora os negros do Brasil poderão ser agraciados com um novo privilégio: a delegacia do negro.

Não, não é piada. A depender do ministro Edson Santos, da tal Igualdade Racial, os negros (e talvez outros grupos minoritários como ciganos e judeus) devem ter direito a um serviço policial exclusivo, inteiramente dedicado às questões da negritude no país. A idéia é seguir o exemplo da delegacia da mulher. Suponho que tal como acontece com as mulheres e sua Lei Maria da Penha, logo virá uma Lei dos Negros, compilando todas essas benesses em um único corpo. Faria sentido. Índios já possuem legislação própria, correto?

Não precisa ser vidente para perceber um futuro negro, com perdão do trocadilho, despontando no horizonte. Leis raciais, pela lógica, tendem a agravar a questão racial uma vez que institucionalizam a questão. Se antes raça era um conceito reacionário e atrasado hoje é reconhecido e tutelado pelo Estado. Raças existem, e pessoas de raças diferentes devem ser tratadas de formas diferentes, diz o legislador.

Dedicar um departamento policial para um segmento da população é um erro terrível. A caça as bruxas está prestes a começar e eu não quero estar por perto. Ao inferno com este país de loucos.

O Globo: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/10/28/governo_quer_abrir_delegacias_raciais_no_pais-586163940.asp

Estadão: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081101/not_imp270498,0.php

Imagem: Qui prodest?

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