sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma charge


Bom, pensava em escrever algo sobre a falência moral do Senado e da defesa desavergonhada de nosso presidente para com um dos mais célebres ladrões de nossa República, mas as vezes uma charge vale mais do que mil palavras.

Imagem: infelizmente não consegui identificar o autor, ou o endereço que está na margem.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Todo poder ao Executivo


Esperei um tempo antes de publicar neste blog algo sobre a questão de Honduras, por precaução e para me informar um pouco melhor do que se passa naquelas bandas. As impressões:

1- um presidente eleito de forma democrática que ao longo do governo muda sua orientação original (considerada liberal) para uma de viés esquerdista/populista;
2- pretendia fazer uma mudança de ordem constitucional e para isso queria lançar mão da fórmula chavista de consultas populares, atropelando, se necessário, as instâncias legais;
3- tentou cooptar as forças armadas;
4- falhou miseravelmente e o Congresso, junto com o Judiciário e o próprio Exército depuseram o presidente antes que uma consulta fosse realizada;
5- com o presidente fora do país, um parlamentar assumiu temporariamente o poder executivo até que sejam realizadas novas eleições.

Desconheço a natureza da oposição, do Congresso e do Judiciário hondurenhos, mas a princípio parece que instituições típicas de uma democracia entraram em ação para impedir justamente que tal ordem democrática fosse abalada por um assédio do Executivo. Montesquieu agradece.


Existe atualmente em nossa pobre Latina América uma idéia no mínimo equivocada sobre o que é uma democracia. Para muitos, basta ter o apoio de uma maioria e está feita a tal da democracia. Oras, nada mais estúpido! Quase todos os totalitarismos do século passado contaram com grande apoio de massas populares, e isso nunca fez de tais regimes democráticos.